Engajamento comunitário nas comunidades pesqueiras marca preparação para a perfuração do poço Falcão no Bloco 10
Entre os dias 29 de setembro e 8 de outubro de 2025, decorreram ações de engajamento comunitário junto das principais comunidades pesqueiras das ilhas de São Tomé e Príncipe, no âmbito dos preparativos para a perfuração do poço Falcão, localizado no Bloco 10 da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do país. A atividade foi realizada pela Shell em coordenação com a Agência Nacional do Petróleo (ANP-STP).
As sessões de auscultação e sensibilização, em observância à Lei Nº 10/1999, lei base do ambiente, abrangeram as comunidades de Ponte Cais, Praia Messias Alves, Micoló, Môrro Peixe, Neves (Bengá, Rosema e Água Toma), Praia Cruz, Gâmbia e Loxinga, na ilha de São Tomé, e as comunidades da Praia das Burras e Praia Abade, na Região Autónoma do Príncipe. O trabalho contou com a colaboração da MARAPA e da Direção Regional das Pescas.
O principal objetivo das sessões foi informar e esclarecer os pescadores sobre o processo de perfuração do poço Falcão, as medidas de segurança e proteção ambiental adotadas, e os mecanismos de comunicação e emergência disponíveis durante as operações no mar.
Durante os encontros, os participantes puderam colocar questões e partilhar preocupações sobre as possíveis consequências ambientais do processo de perfuração, a possibilidade de recrutamento de trabalhadores locais para os navios envolvidos e os efeitos da perturbação sonora causada pela atividade sísmica anterior no Bloco 10, que afetou particularmente os pescadores que praticam a pesca subaquática.
Em resposta, os representantes da Shell garantiram que todas as atividades serão conduzidas em conformidade com as normas internacionais de segurança e de proteção ambiental, assegurando que não haverá impactos significativos no ecossistema marinho. A empresa comprometeu-se ainda a manter um canal aberto de diálogo com as comunidades e a considerar as preocupações levantadas no processo de monitorização ambiental e social.
No final de cada sessão, foram distribuídos panfletos informativos contendo detalhes sobre o processo de perfuração, as características dos navios, as medidas de mitigação e os contatos de emergência.
No geral, as ações de engajamento decorreram de forma positiva e participativa, demonstrando o interesse e a colaboração das comunidades pesqueiras. Esta iniciativa reforça a importância da comunicação transparente e do envolvimento comunitário em todas as fases dos projetos petrolíferos desenvolvidos no país.